Em nova matéria do site de notícias Phoenix New Times, o jornalista Kristian Libman fala sobre o crescimento do Paramore através dos anos e como eles se mantiveram fortes até hoje, sobrevivendo em meio a um cenário musical que sofreu drásticas mudanças.
Um fantasma de meus anos de colégio me visitou essa semana. Ele me falou através do rádio sobre uma repentina viagem pra casa, explodindo nos pequenos alto-falantes em uma loja aleatória.
Tendo ficado sem contato com a rádio Top 20 de propósito, especialmente com as canções que vieram de minha terra natal, eu fiquei chocado ao ouvir o que eu ouvi — Hayley Williams me perguntando “o que eu iria fazer quando o mundo não orbitasse ao meu redor.”
Na semana passada, o Paramore, que já está em atividade por uma década, liderado pela vocalista Hayley Williams, quebrou o Top 20 mais uma vez, com seu absurdamente contagiante single “Ain’t It Fun”, o quarto do álbum auto-intitulado, que foi lançado em Abril do ano passado.
Poucos minutos depois de ouvir a música eu já tinha a baixado – 23 anos, janelas abaixadas, voltando pra casa e cantando como se eu tivesse reaprendido, depois de anos de dormência vocal, quase como em A Pequena Sereia. Talvez esta seja a prova do poder do Paramore — eles são um dos últimos fenômenos da geração pop-punk, assim sendo jovens o bastante para que caibam na porta, porém com idade o suficiente para se relacionar com seus fãs, sendo experientes o bastante para crescer com eles.
Àqueles que chamaram Hayley Williams de muito desafinada, ou àqueles que menosprezaram a banda por ser muito teatral, ou que eles eram do tipo que sempre quis causar um último impacto… A piada é você.
Paramore é um excelente exemplo de uma banda pós anos 2000 que fez todos os movimentos certos. Quer se trate de comercialização — a sua inclusão na trilha sonora de “Crepúsculo” (“Decode” ainda é uma grande canção, ao contrário de “Meet Me On The Equinox”, do Death Cab), o lançamento do Sinlge’s Club entre os álbuns “Brand New Eyes” (2009) e “Paramore” (2013), para atiçar os fãs — ou a pseudo-separação e o salto da volta depois de Zac e Josh Farro terem saído da banda em meio a tabloides e palhaçadas há três anos, é inegável que eles se tornaram à prova de balas com essa nova era.
Eles também são uma banda cujos álbuns já passaram por alguns atrasos de vendas nos últimos dez anos. Para um grupo que já teve alguns singles introduzidos por Vanessa Minnillo em seu programa de TV, lançar um álbum em 2014 (praticamente) e conseguir número 1 não é algo de se torcer o nariz — platina, ouro, seja qual for, eles têm certificações de metais preciosos em todos os álbuns que já lançaram. Traçando seus lançamentos de LP’s – 2005, 2007, 2009 e 2013, respectivamente — eles também aderiram a um ciclo de lançamento bem escasso, especialmente em dias onde dois ou três anos entre lançamentos de discos é considerado uma eternidade, na geração que consome mídia em uma escala comparada à do Tumblr, por exemplo.
Visite o canal deles no Youtube para ter um gosto de tamanho amor que a base de fãs deles possui e você verá milhões e milhões de visualizações. Sua equipe ainda está começando, deixando a banda nas mãos certas e ainda atraindo fãs, mesmo que dez anos mais tarde, a um gênero que há muito tempo teve seu momento.
Eu sou um homem adulto com gostos para vários tipos de música, mas ainda há algo sobre o “coração na ponta da língua” com relação ao lirismo do Paramore que ainda é atraente e digno de nota, mesmo que seja uma banda que retome a meu segundo ano de ensino médio.
Além de tudo, eles são uma vitrine para um modelo adequado e maleável de como manter uma banda em um cenário musical que muda drasticamente. Para mim, no entanto, estou apenas cantando “Pressure”, talvez alto demais, em paradas de sinais de trânsito. Ao seu lado, se você tiver sorte.
Fonte: http://www.paramore.com.br/paramore-se-manteve-firme-e-nao-ha-nada-que-voce-possa-fazer-respeito/#.UzyXbyC5fug
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