sábado, 8 de março de 2014

Billboard publica matéria sobre o primeiro dia do PARAHOY!

 
parahoybillboard

 O representante da Billboard a bordo do Parahoy! fez um relato da primeira noite do cruzeiro. Ele falou sobre as atrações, a empolgação da plateia e primeiro show dos artistas convidados. Confira a matéria traduzida:
“Quantos de vocês já participaram de um cruzeiro antes?” Tegan & Sara perguntam durante seu show na primeira noite do Parahoy!. Poucas mãos se erguem entre o mar de jovens adultos.
“Quantos de vocês são iniciantes?” elas continuam, dessa vez conseguindo uma repercussão maior, como se a pergunta fosse quem já tinha ido numa Warped Tour.
Esse é o espírito no cruzeiro do Paramore. É produto da companhia de cruzeiros Sixthman de Atlanta, que já havia organizado um cruzeiro para Kid Rock, 311 e Kiss. Na próxima estação, eles vão ir mais fundo ainda, promovendo um para o Florida Georgia Line e Diplo’s Mad Decent. A média é de 70% iniciantes a bordo do Norwegian Pearl para o Parahoy!, talvez ainda mais.

Também é meu primeiro cruzeiro e não sei bem o que esperar de tantos adolescentes, pais e pessoas de 20-30 anos espalhadas nessa mistura numa viagem de Miami até Stirrup Cay nas Bahamas. Essa tripulação não tem permissão para consumir bebidas alcoólicas como no cruzeiro de Kid Rock, mas com certeza isso assegurou Paramore, Tegan & Sara, New Found Glory e outros artistas uma boa vinda em sua primeira noite.
Depois de uma explicação sobre segurança obrigatória às 15h, a criançada correu para dentro do navio como se fosse o sinal tocando no fim de aula. Paramore estava pronto para dar início ao primeiro show de 2 que haverão no cruzeiro, e os viciados da primeira fila sabem que é uma corrida para ver quem fica em território premiado. Mas considerando tudo, não há assento ruim no palco principal ao lado da piscina, a plateia se espalhou entre o nível do palco e os locais mais altos.

O Paramore não brincou. Com seu membro fundador — a comandante Hayley Williams — liderando, a rockeira gritou “Quero ouvir um sim!” e uma rodada de aplausos começou. Sua energia fluiu pelo deck livremente como álcool. A letra da música “Daydreaming” podia muito bem mudar para “daydrinking o tempo todo”.
Depois de 4 músicas, “That’s What You Get” põe a galera para pular com fervor, o que acontece durante o resto do show, enquanto o sexteto (com um impressionante ou potencialmente desnecessário terceiro guitarrista) se mexem lentamente em “When It Rains” e “The Only Exception”. E as empolgantes “Fast in My Car” e “Misery Business” para fechar.
Também vemos algumas rugas. A banda tocou duas canções de seu álbum pré-e

strelato “Emergency” e “Pressure” e até uma b-side do último CD, “Escape Route”. Normalmente eles não deixam de tocar hits como CrushCrushCrush” e “Still Into You”, mas pera aí, ainda tem mais um show, nesse domingo, mas Bahamas.

Mais tarde, Tegan & Sara e New Found Glory merecem elogios. Às 21:30h, no palco ao lado da piscina, Tega & Sara desbravaram as tempestuosas águas do Atlântico (enquanto Tega vestia um casaco de um botão) e dançavam ao som das músicas de seu fantástico álbum “Heartthrob”. A bateria, guitarra e baixo entraram deslumbrantes, com um toque orgânico nas músicas folk “Back In Your Head” e “Walking With a Ghost” que também trouxeram um clima acolhedor e aconchegante.

Para equilibrar o indie com o pop-punk, o New Found Glory trouxe antigos hits da MTV e ótimos covers para o palco coberto às 22:30h. A banda aproveitou a oportunidade para tocar seu cover cafeinado de “My Heart Will Go On”, já que estavam no mar, junto ao cover de “Iris” da banda Goo Goo Dolls e o de “Kiss Me” de Sixpence None the Richer, todos que já conhecidos por estarem em seu álbum de covers de trilhas sonoras. Eles ainda não arrumaram outro guitarrista (Steve Klein deixo a banda ano passado) mas foi difícil notar uma calmaria, já que Chad Gilbert mandou os memoráveis riffs e mini-solos pop-punk. Faz um tempo desde a última vez que os vi ao vivo; Ian Grushka, o baixista, agora está de barba e o cantor Jordan Pundik parece envelhecer graciosamente, até lembra um pouco o Morrissey com seu moicano raspado dos lados.

Além dos artistas, notei a plateia ao meu redor. Numa primeira olhada, eram vários esquisitões de cabelo tingido, mães e pais, mas a diversidade é ainda maior. Quando se reuniram no lounge antes das performances da noite, isso ficou claro. Eles escreveram seus nomes e de onde vieram num adesivo e colaram num mapa enorme, marcando suas terras natais; América do Sul, Leste Europeu, algumas pessoas de Ontario me ofereceram um saquinho de doces canadenses e me identifiquei principalmente com “Canadian Smarties” (são recheados de chocolate) e “Thrills”, que tem gosto de sabão.
O resultado? Pop-punk e rock alternativo se juntaram num navio cheio de deslocados para uma (rara?) viagem ao sol e se esse cruzeiro não for como o de Kid Rock, vai explodir de energias positivas.

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