sábado, 23 de novembro de 2013

Ainda no Brasil, Taylor é entrevistado pelo portal Gimme Noise e fala sobre o contato com os fãs, turnê com No Doubt, e mais

''Durante a sua passagem pelo Brasil em agosto, Taylor cedeu uma entrevista para o site Gimme Noise onde falou coisas emocionantes sobre a importância dos fãs. Quanto ao contato com os fãs, ele declarou que “definitivamente está começando a ser mais difícil ter interações reais com os fãs além do online, então mesmo nesses pequenos momentos onde nós podemos falar com as pessoas frente-a-frente, autografar alguma coisa, trocar palavras e sorrisos… isso significa o mundo pra gente.
Nosso guitarrista também falou sobre o que a banda aprendeu durante a sua turnê com o No Doubt e fala coisas muito interessantes sobre crescimento individual e musical.
Você não pode perder essa entrevista! Confira a tradução logo abaixo:''

E então só sobraram três. Para qualquer banda ter sucesso sem controvérsias é novidade, e o Paramore, com certeza, está nessa categoria. Recentemente, os membros fundadores, Josh e Zac Farro, saíram da banda de pop-punk do Tennessee. Mas não importa. Hayley Williams, Jeremy Davis e Taylor York seguiram em frente com a turnê e escreveram o melhor álbum da carreira da banda. O novo som do disco autointitulado abriu novas portas com algumas músicas de amor, e inclui trechos que abordam a perda de amigos e colegas de banda, eventualmente chegando a um acordo com os fantasmas do passado.

Gimme Noise falou com o guitarrista Taylor York antes da banda se apresentar no Roy Wilkins Auditorium nesse final de semana. Nós falamos sobre o novo álbum e como a banda se uniu para tornarem-se músicos e pessoas diferentes.

Gimme Noise: Como vai você?
Taylor York: Eu estou muito, muito bem. Agora nós estamos no Brasil, nos preparando para curtir com alguns fãs.

GN: É incrível que você ainda tire um tempo para conhecer os fãs. Porque é importante pra vocês fazer isso?

Nossos fãs são a única razão por nós sermos capazes de fazer o que fazemos – a única razão por nós sermos capazes de ir até o Minnesota e fazer um grande show. Nós devemos muito para as pessoas que estão conectadas às nossas músicas e que estão comprando os discos e indo aos shows. Definitivamente está começando a ser mais difícil ter interações reais com os fãs além do online, então mesmo esses pequenos momento onde nós podemos falar com as pessoas frente-a-frente, autografar alguma coisa, trocar palavras e sorrisos… isso significa o mundo pra gente. Nossos fãs são uma das coisas que mais nos incentivam a seguir em frente e nos manter com os pés no chão; eles nos lembram que estamos sempre conectados.

GN: Então agora vocês estão fazendo essa grande turnê – e parece que vocês estão sempre em turnê – mas da última vez que vocês estiveram na cidade, foi quando vocês fizeram uma turnê com o No Doubt, e nós não vemos vocês desde então. Como você se sentiu fazendo turnê com eles [No Doubt] e como isso ajudou vocês como banda? O que você aprendeu com essa turnê grandiosa?
Nós realmente aprendemos muito com eles – como pessoas e músicos. Eu acho que é inspirador ver as pessoas que estão no ramo há tantos anos e ainda são tão dedicados e comprometidos; eles realmente descobriram o que funciona com eles. Eu acho que quando você está no começo, você precisa trabalhar duro e dar tudo de si, como em uma corrida. Você realmente precisa aprender coisas, quer dizer, você sempre tem que aprender coisas, mas você chega em um ponto da sua carreira que acaba descobrindo o que funciona pra você e percebe que isso é uma maratona – isso não é uma corrida.
Eu acho que eles [No Doubt] nos ajudaram muito dizendo que “vocês precisam tomar cuidado da sua longevidade e descobrir como vocês podem fazer isso por um longo tempo. Vocês tem que descobrir quem vocês são.” Eles estavam em melhores condições do que nós; eles trabalham todos os dias. Foi realmente muito inspirador estar em uma banda como aquela. Nós somos muito gratos por aquela turnê, mas eu estou animadíssimo por estar de volta com o meu próprio show.

GN: Você disse que um dos conselhos do No Doubt foi que vocês precisam descobrir quem vocês são. Você acha que vocês ainda estão tentando descobrir quem vocês são como uma banda, ou você acha que já descobriram?

Eu espero que nenhum artista jamais descubra. Eu acho, de verdade, que nós nos conhecemos melhor agora do que antes, mas ainda estamos crescendo individualmente, e você precisa assumir que isso poderia afetar nossa dinâmica como uma banda. Eu acho que nós estamos em uma posição mais confiante do que antes, mas nós estamos constantemente mudando e crescendo e nos envolvendo.

GN: Eu tenho certeza que você é questionado sobre a saída dos irmãos Farro o tempo todo, então eu quero fugir disso e tenho certeza que você também.
Beleza.

GN: Eu acho que sempre quando existe um tempo onde a banda fica separada, muitas pessoas usam esse momento para definir a banda. Como você quer que a banda seja definida?

[Pausa] Eu não sei, na verdade – essa é uma ótima pergunta. Eu só quero que as pessoas se conectem à nossa arte e encontrem ao positivo – algum tipo de esperança ou alívio. Eu quero que o Paramore seja mais do que uma banda, eu acho. Eu quero que seja definido como a banda que move as pessoas para algum lugar mais positivo.

GN: Nós podemos falar um pouco sobre o novo álbum? Eu pensei que a direção do Paramore seria um pouco mais escura.

Ah, sério? Isso é interessante, porque nós estávamos tentando fazer as coisas ficarem mais alegres. [risos] Isso é engraçado.

GN: Bem, tem uma música com ukulele que a Hayley canta (I’m Not Angry Anymore) – ela é alegre, mas tem uma escuridão nisso. Era isso que vocês queriam transmitir quando escreveram o álbum?

Eu acho que nós sempre escrevemos músicas muito emocionais e dramáticas. Eu acho que sempre vai existir alguma angústia na nossa música, e somos seres muito emocionais, então com certeza serão emocionais [as músicas]. Nós estamos tentando derrubar isso, talvez tentar algo mais alegre e positive, porque nós realmente estamos em um lugar mais positivo. É isso que nós estamos tentando fazer, mas acho que não acontece dessa forma. [risos]

GN: Talvez as pessoas interpretem as coisas diferentes dependendo de onde vivem. Eu tenho certeza de que se eu ouvisse isso quando eu tinha 20 anos, eu provavelmente interpretaria de outra forma.
Sim, sim. Com certeza.

GN: Foi assustador aparecer com um álbum tão diferente? Já passou pela sua cabeça algo como “nós vamos perder nossos fãs”?
Com certeza. Nós pensamos sobre cada cena possível. É difícil não fica obcecado com isso, especialmente quando se está passando por uma transição maior. Nada mudou; eu acho que mesmo se os irmãos Farro estivessem na banda, esse seria um álbum definidor para a gente. Nós teríamos que mudar muitas coisas. Eu acho que com todas as coisas acontecendo – tudo o que passamos – acho que não nos assustamos com nada do que fizemos. Se nós tivéssemos que fazer mais uma vez um álbum como o Brand New Eyes, aí sim nós estaríamos assustados. De certo modo, nós temos que acreditar na nossa direção e segui-la – estar seguro do que estamos fazendo.



GN: Eu acho que isso é parte de ser humano.

Claro!

GN: Eu sei que a música é grande parte da sua vida, mas você pode me falar alguma coisa sobre você mesmo fora da música que você particularmente tenha orgulho?

[Suspiros] Eu não sei. Honestamente, eu sinto como se a música consumisse toda a nossa vida. Nós realmente não temos nenhum tempo extra para explorar outras coisas [risos], mas eu tenho orgulho da cidade de onde eu vim [Nashville], e também da minha família. Eu apenas estou tentando ser uma boa pessoa e um bom irmão, filho e amigo. Isso é o que eu realmente faço fora da música. Eu, na verdade, queria ter mais orgulho dessa pessoa não-musical, mas estou trabalhando nisso.

GN: Taylor, muito obrigada. Nós estamos animados por ter você de volta à cidade [St Paul, MN].
Mal podemos esperar. Esse vai ser nosso melhor show. Eu sinto como se toda turnê que fazemos, nós aprendêssemos mais sobre nós mesmos como músicos e performistas. Jeremy e a nossa produção vêm trabalhando muito para trazerem ideias legais e novo setlist. Esse com certeza é um show que as pessoas não vão querer perder. Esse é um show para ir e aproveitar; vai ser o melhor show que vamos fazer.

GN: Sim! E nós amamos o Metric também.

Yeah, e Hellogoodbye. Vai ser uma baita festa.

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