segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Nashville Scene: “Não apenas resistiram à tempestade, mas também deram certo como nunca”

''Da criação até a separação, passando pela história de sucesso da banda e polêmicas que envolvem a saída de dois membros, o site Nashville Scene, da cidade natal da banda, divulgou uma matéria onde coloca o ponto de vista do redator sobre a história do trio. O site também frisa a importância dos fãs para a banda e diz que existe uma coisa que você não pode duvidar: “não importa que obstáculos estarão em frente à eles, os fãs de Paramore não os abandonarão tão cedo.”
O artigo completo você lê abaixo:''

A sensação emo-pop Paramore recebeu pela primeira vez negócios bem sucedidos… e então, deu certo?

O Negócio da Miséria
Há aproximadamente 3 anos, o guitarrista Josh Farro e seu irmão, o baterista Zac Farro, publicaram uma declaração sobre sua decisão de deixar o Paramore – a banda pop-punk que fundaram em um lugar qualquer em Franklin, Tennessee – e as alegações eram brutais. Frases como “produto manufaturado da gravadora” e “mal representando nossa banda e aquilo que ela significava” estavam entre elas, insinuando uma combinação potente de lutas pelo poder, sentimentos feridos, rebeldia e real conspiração jurada por Deus.
Esse era o tipo de difamação contra o tipo de indústria da música que os produtores de Behind The Music [programa da VH1] sonhavam.
E agora, em 2013, o Paramore lançou o seu álbum que alcançou as maiores paradas até o momento – um auto-intitulado número 1 que acertou o alarme e deu origem à primeira turnê como atração principal em arenas. Qualquer outra banda se encontraria maravilhada com sua força criativa e defendendo-se contra a acusação mais mortal no rock ‘n’ roll: “ingressos esgotados”. O Paramore não apenas resistiu àquela tempestade, mas também deram certo como nunca. O que chegamos à questão: embora o Paramore seja o mais “produto” da gravadora, isso realmente importa?
Se você perguntar às centenas de fãs de Paramore e os curiosíssimos que examinaram o show acústico improvisado e o meet-and-greet no Grimey’s no Record Store Day em abril, você ouviria um entoado “não”. A conexão fortíssima entre o Paramore com o contingente de jovens suburbanos e a cantora Hayley Williams é intenso ao nível de ser impossível ser fingimento. Williams é a estrela pop ideal – meio modelo de papel de boa moça, meio quase-rebelde com uma criação mítica do “nada ao tudo” que chega aos seus fãs exatamente onde eles vivem.




É falado que o primeiro comentário no vídeo em que os Farro’s confirmam que realmente escreveram a declaração começa com “Como puderam fazer isso conosco” – como se a confissão e a declaração fossem um ataque pessoal ao fãs e não uma reconsideração dramática do que a história do Paramore realmente é. Mas realmente, sempre soubemos que a relação do Paramore com a sua gravadora sempre foi simbioticamente incomum. Você não precisa olhar muito ao fundo do grande negócio feito com a Atlantic Records, um contrato que o The New York Times chamou de “O Novo Tratado” para provar isso.

A declaração de 1435 palavras dos Farro’s pinta um retrato família: uma banda de garagem adolescente é levada para o mundo cruel da música como uma profissão, um mundo em que é travado na apreensão férrea de empresários na roda da música e em outros lugares. É uma terrível história que todos já ouvimos de uma forma ou outra, mas também é uma terrível história que eles aceitaram participar – e uma que está enraizada na história da banda. Em um grande negócio, em que o artista negocia um corte de toda a renda para um maior apoio financeiro da gravadora, a marca é um sucesso parecido com o dos Beatles. E se ele foi reconhecido ou não, fãs da banda reconheceram e aceitaram em seus mitos.
 

Ou talvez exista uma teoria alternativa – a que o status do Paramore como um caso a ser estudado na indústria da música atual é mais reflexiva do que a indústria fonográfica falhando do que poderíamos imaginar. Embora [o álbum] Paramore tenha alardeado como um avanço para a banda, seu primeiro álbum a alcançar o número 1 da parada Billboard 200, ele é um sucesso que vem com uma nota de haver uma calmaria na indústria da música. Em geral, a banda vendeu 106 mil cópias de Paramore na primeira semana – quase 70 mil cópias a menos que Brand New Eyes em 2009.
Entretanto, a banda monta seus palcos em locais de nomes como o Grand Prairie Verizon Theatre, The Palace of Auburn Hill e até Bridgestone Arena, remete à shows anteriores com déficit de público. Rolling Stone calculou que o show de início [da turnê] em Seattle estava três-quartos cheio, with the arena’s upper level curtained off (?). A parada em San Jose supostamente atraiu uma multidão de 5 mil – a capacidade da arena é de 17 mil.

Então talvez o grande experimento do Paramore não era exatamente o grande cachê que a Atlantic e a Fueled By Ramen acharam que seriam. Talvez Paramore não esteja destinado à grandes ligas e mais aptos a tocar para jovens em pequenos locais. Ou talvez o inevitável projeto solo de Hayley Williams irá fazer o que o Paramore não poderia e tomar o mundo. Há uma coisa que você deve contar: não importa que obstáculos estarão em frente à eles, os fãs de Paramore não os abandonarão tão cedo.

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