sábado, 16 de novembro de 2013

Hayley Williams para o The Aquarian: “Quase não lançamos Still Into You, por medo de que fosse muito pop''

''O site The Aquarian entrevistou Hayley Williams do Paramore. Eles conversaram sobre o processo de gravação do novo álbum auto-intitulado, sobre os medos de cada um dos integrantes da banda, além de discutirem a respeito das mensagens que o disco traz consigo e muito mais! A revista onde está a matéria você pode adquirir AQUI''


Uma entrevista com Hayley Williams do Paramore: Um novo começo.
Enquanto se dirigia à Inglaterra com os rapazes, Hayley Williams do Paramore tomou uns minutos de seu tempo para responder algumas perguntas. Após um bom tempo sem falar a respeito da partida dos irmãos Josh e Zac Farro, eles voltaram mais sólidos e fortes do que nunca. Sua música amadureceu, e Hayley  não pede perdão ou se sente culpada desta vez. Veja o que ela disse a respeito do novo álbum, da turnê e muito mais:
 
Hayley, me fale sobre o novo álbum auto-intitulado. Quais foram as influências e como foi o processo de gravação?
Fazer este álbum foi bem diferente pra nós; foi amedrontador, e excitante, e libertador, tudo ao mesmo tempo. Perdemos dois membros da banda e então éramos só nós três [Williams, o baixista Jeremy Davis e o guitarrista Taylor York] que ficamos, tendo que decidir entre várias coisas: “O que isso significa? Nossa música irá mudar? Nós iremos? O que vai acontecer?” Acho que havia muita pressão envolvendo esse álbum, e de certa forma, nós simplesmente tivemos de parar de pensar nisso. Taylor e eu gastamos semanas na casa dele tentando escrever, mas no final das contas poderíamos passar horas apenas conversando, pois estávamos muito nervosos para começar a “fazer a música acontecer”. Quando a primeira música surgiu (uma que se chama “Proof”), nós percebemos o quão diferente tudo iria ser. O processo inteiro, do início ao fim, sentimos como se fosse algo inteiramente novo. Normalmente eu gosto de ouvir a música primeiro, ouvir aquilo que os rapazes estão fazendo, antes; ouvir a melodia. Mas dessa vez, meio que fizemos de tudo um pouco. Cada música tinha vida própria, um jeito diferente, e nós tivemos que respeitar isso. Quando fomos ao estúdio, ficamos pensando em coisas tipo “Seja lá o que queiramos, amamos, ou o que nos inspira, é isso que estamos fazendo.” O que os outros pensam não importa, nós só precisávamos aproveitar de todas as maneiras possíveis nos momentos em que compúnhamos o álbum. Nós mudamos para Silver Lake, Califórnia, para gravar. Honestamente, senti como se fôssemos uma nova banda. Foi algo muito bom. Até ali, já fazia cerca de 10 anos que tocávamos juntos, mas parecia que estávamos fazendo isso pela primeira vez. Todos estavam com a mente bem aberta. Nos divertimos muito. Foi algo muito diferente para nós, mas apenas não pensamos muito a respeito. Deixamos que todos os diferentes lados que temos aparecessem. Há algumas partes do álbum onde eu vejo que há muita inspiração de coisas da era “new wave”, algumas coisas anos 80, 90, e nós simplesmente deixamos que essas coisas viessem naturalmente, e eu gosto disso.
 

O grande primeiro hit do álbum foi “Now”. Por um acaso isso foi como uma mensagem ao fãs a respeito de tudo aquilo pelo que vocês passaram?
Sim, com certeza, e honestamente, era uma mensagem para nós também. De alguma forma, quando estávamos em férias, realmente me senti como se estivesse dormindo metade do tempo, e isso não era viver. Foi um tempo difícil para nós; é difícil perder membros da banda. É difícil vencer os problemas e mudanças que a vida traz, e eu só tinha que me acordar de certa maneira. Os garotos também. Esta foi a música que nos devolveu a confiança. Estamos aqui, e não temos ideia do que está por vir, mas sabemos que há algo e iremos atrás disso. Por alguma razão, achei que era uma música importante de mostramos primeiro. Depois de um longo silêncio, nossos fãs ainda nos apoiavam, +de deixar as coisas acontecerem durante os três últimos anos, e não somente como banda, mas de forma pessoal também. Estamos com 20 e poucos anos agora, e temos tocado por muito tempo, mas tem muita coisa que só pudemos experienciar após tirar um tempo de folga e viver vidas normais novamente. Acho que percebemos o quanto precisávamos crescer, e o quanto precisávamos evoluir. Sinto que cada música desse álbum tem sua própria história, mas eu acho que em um resumo, todas são sobre não ter medo, seguir em frente, não temer em deixar certas coisas tomarem seu rumo, a arriscar-se e desafiar-se.
 
Eu ouvi falar que vocês quase não lançaram “Still Into You” por medo de que fosse uma música muito pop. Tem sido bom ver todo o sucesso comercial que ela alcançou?
Sim, com certeza! Quando estávamos a escrevendo, eu fiquei com medo daquilo que eu amei. Ia deixar que esse medo ditasse o que fazemos como banda, pois eu não queria saber se éramos bons com aquilo, se podíamos fazer isso e nos sentirmos bem a respeito. Eu estava escrevendo a letra e a melodia para o refrão, e então olhei para Taylor e disse: “Ah meu Deus, será que eu posso fazer isso? Soa muito pop.” Então Taylor disse: “Você gosta disso? Então, quem liga?”. A partir dali, foi isso o que nos motivou. É algo muito simples, mas é fácil esquecer o que você pensa a respeito de certas coisas, as vezes.
 
 
 
Vocês estão em turnê atualmente. Em qual lugar você está mais animada para tocar?
Estou muito animada para irmos a Londres, mas quando estivermos nos Estados Unidos em algumas semanas, creio que será pelos shows de Seattle, Anaheim, Flórida. Estou muito empolgada para chegar aos palcos e fazer grandes shows novamente. Já não fazemos shows assim desde 2010, então estou realmente pronta. Muito animada!
 
Vocês tem um grande show pela frente agora, em Nova Iorque. Há alguma coisa que você gostaria de dizer para os fãs que irão até lá?
Ahhh, claro! Primeiramente, qualquer show que fazemos na região nordeste – mais especificamente em Nova Iorque e Nova Jérsei – eles são sempre insanos. Devia ter os colocado em “lugares aos quais estou realmente animada para ir”. Madison Square Garden, para mim, é um ponto essencial na carreira de qualquer banda, pois poderemos dizer “Nós fizemos isso.” É maluco! Pessoas do mundo inteiro conhecem o Madison Square Garden. Estamos na Inglaterra agora, e tenho sido perguntada em entrevistas como é estar tocando em um lugar como aquele novamente, na América. Há muita coisa envolvida nisso, não de uma forma ruim, e sim boa. Achamos que isso tem tudo a ver com onde queremos chegar como banda. Acho que nossos fãs merecem isso também, tanto quanto eu espero que nós mereçamos. Espero que façamos um show do jeito que aquele local merece. Estou nervosa, porém muito animada! Alguns de nossos fãs têm vindo aos nossos shows desde 2005. Especialmente quando nós viemos até Nova Iorque, a primeira fila é sempre repleta de rostos familiares. Acho que o mais legal é que eles podem olhar para o grande público e de alguma forma dizer “Eu estive ali desde o início. Eu fui o começo disso.” Eles são literalmente responsáveis pelo fato de crescermos um pouco todos os anos. Nos possibilitaram tocar em lugares maiores, tentar coisas novas, e experienciar novas oportunidades. Acho que nossos fãs merecem isso mais do que nós. Espero que quando fizermos o show lá, as pessoas digam “Cara, eles merecem estar lá.” Estou pronta. Não consigo descrever o que sinto, obviamente! [risos].
 
Aproveite o resto da turnê, Hayley. Te vejo em Nova Iorque.
Ah, perfeito! Te vejo lá.

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