A garota elétrica de cabelos laranja-vivo e seus companheiros de banda crescem.
Paramore toca no Madison Square Garden
Dando socos com os punhos, batendo a cabeça, apontando os dedos, chutando, pulando, correndo ao redor do palco e entoando os coros na arena, Hayley Williams estava em seu elemento quando o Paramore se apresentou no Madison Square Garden nesta quarta-feira à noite. Ela era a pequena de cabelos laranja-vivo, personificando de forma definitiva suas próprias canções de maneira muito animada, canções essas que falam sobre altos e baixos, algumas dominadas por frustrações em cima de frustrações, outras que deixam as queixas de lado e fazem uso do sarcasmo para mostrar auto-capacitação.
“Não vá chorar para sua mãe,” ela canta, “pois você está sozinho no mundo real/Não é divertido?”
A senhorita Williams, 24 anos de idade, é profissional experiente. Entre as músicas, durante uma pausa, ela relembrou como era o Paramore, desde 2005, quando faziam seu caminho até o Continental e CBGB, e então, hoje, até o The Garden. Ela também admitiu que o Paramore passou por algo que ela define como “quase uma novela”, e que ela nem sempre teve certeza que a banda continuaria.
Entre seu terceiro álbum, “Brand New Eyes”, de 2009, e o incisivo auto-intitulado lançado em Abril pela Fueled By Ramen, o “Paramore” — em geral, álbuns homônimos marcam uma estréia ou novo começo — a banda se dividiu ao meio. Perderam dois membros fundadores: um de seus principais compositores, o guitarrista Josh Farro, e seu irmão, o baterista Zac Farro. Parte da ruptura foi por questões teológicas, em razão de uma paráfrase bíblica contida em uma das composições de Williams.
Para o “Paramore”, Hayley escreveu juntamente com o guitarrista Taylor York, que entrou para a banda em meados de 2007, enquanto o baixista Jeremy Davis, outro membro fundador, permaneceu na banda. Eles ampliaram a música do Paramore para além do pop-punk presente em seus três primeiros álbuns, indo em uma direção mais new wave, rock anos 70, e algo meio “No Doubt”, com quem, particularmente, o Paramore já fez turnê. Os três membros remanescentes são apoiados por mais dos guitarristas e um baterista no palco, que ajudam a dar novas influências aos sons.
As letras também revisitam as antigas paixões e traições do “antigo Paramore”, levando-se em consideração as ambições e conexões de longo prazo. Uma canção que resume o “novo Paramore” se chama “Grow Up”, e abriu o show: “Alguns de nós têm de crescer as vezes/E assim, se eu tiver, lhe deixarei pra trás”, é o que canta Williams.
Os fãs tiveram meses para decorar as músicas do novo álbum, mas mesmo assim, pôde-se contar a audiência que participou, cantando verso e refrão. Davis e York destacaram-se diferentemente de Williams, fazendo suas próprias cenas: durante “Pressure”, Davis, ainda tocando o baixo, saltou sobre as costas de York. Mesmo com as novas canções voltadas à assuntos relativos a crescimento e afins, o Paramore ainda conta com predominância de público jovem.
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